Área que abriga bioma da Mata Atlântica corresponde a 3,5% da cidade
Vista da Pedra da Gávea. Atração é parte do Parque Nacional da Tijuca (Foto: Divulgação/Ruy Salaverry)
Parque Nacional da Tijuca, que abriga a maior floresta urbana do mundo plantada pelo homem, completa 52 anos neste sábado (6/7). O local junta a preservação de uma ampla área verde e de diversas espécies da fauna com a possibilidade de variadas atividades de recreação.
O parque possui 3,9 hectares, que correspondem a cerca de 3,5% do município do Rio de Janeiro, e funciona como um refúgio da Mata Atlântica em meio à cidade. Como sua extensão não é totalmente contínua, a área é dividida em quatro setores: Floresta da Tijuca, Serra da Carioca, Pedra Bonita/Pedra da Gávea e Pretos Forros/Covanca. Este último é o único fechado à visitação, por se tratar de uma área de recuperação ambiental.
Muitas atividades podem ser praticadas nos limites do parque, como piqueniques, caminhadas, passeios de bicicleta pelos locais asfaltados, observação da fauna e escalada. Quem deseja tomar um banho refrescante, pode ir à Cachoeira das Almas, na Floresta da Tijuca ou à Cachoeira do Horto, na Serra da Carioca. Os organizadores pedem que não sejam utilizados quaisquer produtos químicos, como repelentes e bronzeadores, para preservar ao máximo as águas.
As caminhadas podem ser feitas pelas diversas trilhas, que possuem sinalizações em seus percursos. Segundo o coordenador de Uso Público do Parque Denis Rivas, os visitantes devem se mover apenas por esses locais, para evitar o risco de se perderem.
A escalada é uma atração para aqueles que desejam uma atividade mais radical. Ela pode ser praticada na Agulhinha da Gávea, na Pedra da Gávea, na Pedra Bonita e no Pico da Tijuca (na Floresta). Para isso, é preciso assinar um termo de conhecimento de riscos e entregar às autoridades do parque.
Outra possibilidade, menos extrema que as escaladas, é a contemplação. Alguns mirantes oferecem vistas incríveis, como o Excelsior (Floresta da Tijuca) e a Vista Chinesa (Serra da Carioca). As localizações específicas de cada uma destas atrações, assim como material informativo sobre algumas trilhas, podem ser vistas no site do parque, que também apresenta diversas outras possibilidades.
A área preservada abriga animais que já não existem em outros lugares da cidade, como a cuíca, o bicho-preguiça e a cobra cipó. Ao todo, 16 das 328 espécies de fauna presentes estão ameaçadas de extinção.
Segundo Denis, o parque também é fundamental para a manutenção do manancial hídrico da cidade. “Há algumas captações da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) na área, que abastecem principalmente as zonas Norte e Sul”, diz.
A visitação nos três setores abertos é gratuita, com exceção da subida ao Corcovado (na Serra da Carioca), onde é possível ver o Cristo Redentor. Os únicos animais domésticos permitidos são cães guias para cegos.
Quem deseja uma visita guiada deve procurar empresas de turismo ou profissionais que prestam o serviço no parque. No site da instituição, estão disponíveis documentos para o cadastro de guias e organizações.
O Parque Nacional da Tijuca foi criado em 1961 e hoje recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano. Sua história, entretanto, começou antes mesmo da fundação, quando, em 1861, D. Pedro II ordenou o reflorestamento da área, muito devastada nos séculos anteriores.
Serviço:
Setor Floresta da Tijuca
Funcionamento: todos os dias, das 8h às 17h (até 18h no horário de verão)
Administração: de segunda a sexta, das 9h às 18h
Visitantes credenciados: todos os dias a partir das 6h (somente a pé)
Acesso:
Entrada na Praça Afonso Vizeu, no Alto da Boa Vista
Acesso pela Estrada do Alto, tanto vindo da Tijuca (pela Avenida Edson Passos) quanto da Barra da Tijuca e do Itanhangá (pela Estrada das Furnas).
De ônibus: linhas 301, 333, 308, 309 e 345
A Cachoeira das Almas, local liberado para banho nesse setor, fica a aproximados três quilômetros da entrada do parque
Setor Serra da Carioca
Funcionamento: todos os dias, das 8h às 17h (até 18h no horário de verão)
Corcovado: 8h às 19h (até 20h no horário de verão)
De 17 de julho a 1º de agosto de 2013, o Corcovado vai funcionar em horário especial, e estará aberto para visitação noturna, podendo chegar a ficar 24h aberto.
Parque Lage:
Rua Jardim Botânico, 414 - Jardim Botânico
De 8h às 18h (até 19h no horário de verão) ou até 22h com autorização da administração
Telefone: (21) 3257-1800
Acesso:
Corcovado e Paineiras
Acesso pelo bairro de Santa Teresa (Rua Almirante Alexandrino) e pelo Alto da Boa Vista (Rua Amado Nervo), ambas em direção às Paineiras e ao Corcovado. Pelo Jardim Botânico (Rua Pacheco Leão em direção à Vista Chinesa).
Atenção: carros particulares devem estacionar nas Paineiras, ao lado da entrada para o monumento. O percurso entre a entrada principal e a estátua é feito por um sistema de vans.
De ônibus: só é possível fazer parte do trajeto utilizando as linhas 583,584, 569 e 570 (deve-se descer no Cosme Velho e seguir de táxi o restante do trajeto)
A pé ou de bicicleta: muitos sobem até o parque a partir do Jardim Botânico, aproveitando para visitar a Vista Chinesa, a Mesa do Imperador e as cachoeiras do Quebra e Box (ou dos Macacos), que ficam no caminho (utilizando a Estrada Dona Castorina, que começa no Jardim Botânico)
De trem: a estação do Trem do Corcovado fica na Rua Cosme Velho, 513 - Cosme Velho. Os trens partem a cada 30 minutos e o percurso dura 20 minutos até o monumento
De van: o ponto de saída fica no Largo do Machado, ao lado da saída da estação de metrô. As vans partem a cada 10 minutos.
Setor Pedra Bonita / Pedra da Gávea
Funcionamento: todos os dias das 8h às 17h (até 18h no horário de verão)
Pedra Bonita: 8h às 17h (até 18h no horário de verão)
Pedra da Gávea: 8h às 16h (até 17h no horário de verão)
Acesso:
Pedra Bonita
Onde está a rampa de voo de asa delta e o acesso do Pico Agulhinha
Pela Estrada das Canoas, até chegar ao Caminho da Pedra Bonita
De ônibus: linha 448 - Maracaí, que passa pela Estrada das Canoas (o trecho do Caminho da Pedra Bonita não é feito pelo ônibus)
Pedra da Gávea
Pela Estrada Sorimã, na Barra da Tijuca
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