Na quarta-feira da última semana, quem assina o pay per view do “Big Brother” teve direito a assistir a cenas de sexo entre os participantes Laisa e Yuri. Assim que o movimento começou embaixo do edredom, as redes sociais explodiram com comentários. “ParaYuriParaYuri” chegou aos trending topics do Twitter. Na manhã seguinte, a frase sinalizando com o (falso) jogo duro de Laisa deu lugar a outra, “NãoParaYuriNãoPara”. A brincadeira ficou entre as mais tecladas do microblog até a hora do almoço de quinta-feira.
Antes disso, muitos leitores escreveram para cá com uma queixa comum: a de que tinham assinado o ppv justamente para ver os registros mais quentes e eles estariam sendo omitidos. Ou seja, a espuma erótico-exibicionista que arrastou Laisa e Yuri é a mesma que acaricia quem gosta de “espiar”, como diz Pedro Bial. Não há superioridade moral diferenciando atores de espectadores.
A expressão pay per view, autoexplicativa, vale para os demais conteúdos chamados “adultos” pelas operadoras. Só para dar um exemplo, entre eles está o canal Vênus, descrito no site da Net como de “conteúdo explícito e dirigido a um público que busca transgredir os limites do erotismo. Um espaço sem tabus”. Há ainda o Sextreme, que “é mais do que sexo. Sextreme acende o prazer dentro de você. Se acha que já viu de tudo, entre no mundo de Sextreme e surpreenda seus sentidos”, convida o texto no www.netcombo.com.br.
Goste você ou não deste tipo de programação, a expressão “conteúdo adulto” tem um significado poderoso e que merece uma reflexão. Adulto é aquele que decide o que quer ver e não aceita ser tutelado. No caso desses canais, o sujeito ainda por cima está pagando. Portanto, ninguém tem nada com isso.
Na TV aberta, na quinta-feira seguinte à farra do casal de brothers, como não poderia deixar de ser, a equipe do “Big Brother” fez uma edição bem “família” das cenas. “Família”, sim, mas honesta o bastante para não omitir o acontecido. Parafraseando Teodoro, o segundo marido de Dona Flor, no livro de Jorge Amado, um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar. O resto é falso moralismo.
Fonte: oglobo
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